Brasileiro, Laiane, eu, Cotta (acima) e Aziz em um dos planos que mais me agrada, e que deve ir até o corte final. Foto: Ana Lee |
"O primeiro corte de
Lara tem muito de ruim que um
primeiro corte pode ter. A abertura ainda tateia seu caminho, a música busca
seu melhor encaixe, a ordem das sequências não é a ideal, o ritmo apressado às
vezes foge da proposta. Hoje, parece um piloto arrojado em primeiro
contato com carro veloz e uma pista sinuosa, com algumas retas, muitas curvas e
raros pontos de ultrapassagem. Ele não conhece tão bem os momentos exatos em
que deve reduzir, e não sabe até quando deve acelerar. Mas os erros de início fazem parte. Vamos seguir trabalhando para
melhorá-lo."
"O primeiro corte de
Lara tem tudo que existe de positivo
em dar liberdade para o montador e em ter o diretor fora da ilha de edição. A influência
televisiva de Pazos trouxe não só rapidez para o processo, como opções que eu seria
incapaz de pensar numa primeira versão, e talvez até na última. Mesmo escolhas
que com certeza não vou usar, aliadas à sinceridade sem rodeios de Pazos, me
fizeram refletir sobre o filme como um todo. Esse primeiro corte é embrionário
como qualquer outro, com a diferença que ele serviu, como poucos, para expandir
as opções e o potencial do filme. Vamos seguir trabalhando para melhorá-lo."
São duas maneiras de
se observar o primeiro corte de Lara,
mas é com a segunda que vamos dar continuidade ao processo. Feliz natal a
todos.
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