Como acontece com
qualquer coisa que envolva chuva, pontualidade, muitas pessoas e Brasil, é
natural acontecer mudança de planos durante a gravação, como narro no texto do videogame.
Mas existem outros planos que surgem durante a gravação, que melhoram o filme, e que não têm mérito
nenhum do diretor. A preferência por um roteiro técnico bem detalhado (com descrição de planos, enquadramentos, movimentos de câmera e duração dos planos) pode engessar, mas me deixa mais
seguro, e não impede a mudança de ideias, o que aconteceu várias vezes durante o processo.
Na primeira cena que gravamos, por exemplo, pretendia enquadrar rosto de atriz emoldurado pelos pés, mas os pés pareciam as orelhas de um coelho. Até que ouvi a sugestão de Laiane (Ass. de Direção e Continuísta). “Que tal se a gente fizer um plano com a câmera um pouco mais para cá? Pode ficar mais sensual”. Ficou mais sensual e mais bonito.
Na mesma cena, depois de gravarmos todos os planos, falei com Aziz (Dir. de Fotografia). “Faça o plano que você quiser, Victão”. Ele fez um movimento de câmera que, embora não garanta usar, culmina com uma imagem belíssima, provável no corte final. Quando fomos para a praia, o que por si só já era uma mudança de planos, o fato se repetiu duas vezes.
Primeiro com Arthur Freitas, que sugeriu um plano que mantém espírito do filme e nos dá outra opção, e depois com o próprio Aziz, quando repeti a fala anterior e ele veio com um plano que desde o início eu não queria fazer, mas que de um ângulo diferente pode funcionar. Como também deve funcionar o último plano que fizemos.
Feita já perto da meia-noite do domingo, a imagem envolvia sangue e trazia com ela dois problemas. O primeiro é que sangue cenográfico mancha, o segundo é que não queríamos machucar ninguém. Só que o plano era necessário. A solução veio com ideia de Roberto Pazos, que teoricamente nem precisava estar mais no set, pois já tinha cumprido o papel de garçom na sequência do bar. E resolveu o problema.
Montagem
Falando nele, oficializamos hoje processo de montagem, de uma maneira que jamais imaginei fazer, mas que deve funcionar.
Na primeira cena que gravamos, por exemplo, pretendia enquadrar rosto de atriz emoldurado pelos pés, mas os pés pareciam as orelhas de um coelho. Até que ouvi a sugestão de Laiane (Ass. de Direção e Continuísta). “Que tal se a gente fizer um plano com a câmera um pouco mais para cá? Pode ficar mais sensual”. Ficou mais sensual e mais bonito.
Na mesma cena, depois de gravarmos todos os planos, falei com Aziz (Dir. de Fotografia). “Faça o plano que você quiser, Victão”. Ele fez um movimento de câmera que, embora não garanta usar, culmina com uma imagem belíssima, provável no corte final. Quando fomos para a praia, o que por si só já era uma mudança de planos, o fato se repetiu duas vezes.
Primeiro com Arthur Freitas, que sugeriu um plano que mantém espírito do filme e nos dá outra opção, e depois com o próprio Aziz, quando repeti a fala anterior e ele veio com um plano que desde o início eu não queria fazer, mas que de um ângulo diferente pode funcionar. Como também deve funcionar o último plano que fizemos.
Feita já perto da meia-noite do domingo, a imagem envolvia sangue e trazia com ela dois problemas. O primeiro é que sangue cenográfico mancha, o segundo é que não queríamos machucar ninguém. Só que o plano era necessário. A solução veio com ideia de Roberto Pazos, que teoricamente nem precisava estar mais no set, pois já tinha cumprido o papel de garçom na sequência do bar. E resolveu o problema.
Por ordem, Cotta, Cristiane, Caio, Laiane e Aziz. Foto: Ana Lee |
Montagem
Falando nele, oficializamos hoje processo de montagem, de uma maneira que jamais imaginei fazer, mas que deve funcionar.
Mando todas as orientações, mas deixo-o livre para fazer como preferir, durante uma semana. Então ele entra de férias, e vejo o material com outro montador (a confirmar na segunda), com quem darei prosseguimento à montagem. Se o que Roberto montar convencer, independente de ser como planejei ou não, ótimo. Se não, ele entende as mudanças.
Dentro de uma já rígida ideia de montagem, essa distância e essa liberdade devem fazer bem ao filme.
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